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Ecos de Asas na Minha Mente

Nas profundezas daquela masmorra, aprendi que algumas criaturas não caçam apenas corpos caçam mentes. O ar era sufocante, e o silêncio parecia avisar que eu não deveria estar ali. Antes mesmo de vê-lo, senti Beru invadindo minhas lembranças, remexendo medos que eu julgava enterrados.

Quando ele surgiu, suas asas negras e olhos amarelados me atravessaram como lâminas. Não precisei de palavras para entender seu poder, ele me mostrou minha própria morte, versões distorcidas de mim mesmo e memórias que eu evitava encarar. Eu tentava reagir, mas meu corpo não obedecia, era como se Beru estivesse desmontando minha sanidade peça por peça.

Não sei como sobrevivi. Só lembro de despertar fora da masmorra, arranhando o chão como se tivesse sido arrastado. Desde então, carrego o peso daquelas visões. À noite, ainda ouço asas batendo, ainda sinto aquele olhar.

A verdade é simples: Beru não ficou na masmorra. Ele ficou dentro de mim.