Erik encontrou entre velhos pergaminhos um ritual proibido conhecido como Vínculo Carmesim. Com ele, a alma de Maryl se entrelaçaria à sua imortalidade, garantindo que nunca mais fossem separados.
Na noite de um eclipse, os dois amantes cortaram suas mãos, misturando o sangue em uma taça prateada e bebendo juntos, selando o pacto com um beijo amargo. Diante de uma vela negra acesa à meia-noite, Maryl recitou antigas palavras, invocando espíritos para abençoar a união.
Como sacrifício final, Erik queimou uma lembrança importante de sua vida humana, renunciando ao passado para viver a eternidade ao lado dela. O fio vermelho com fios de cabelo entrelaçados dos dois foi amarrado firmemente, como símbolo de que suas almas estavam ligadas para sempre.
Agora, Maryl se tornara imortal, mas havia um preço: sua vida estava atada à de Erik. Se ele morresse, ambos seriam arrastados para a escuridão eterna. No entanto, nenhum deles hesitou — a eternidade, por mais cruel que fosse, ainda seria melhor do que viver sem o outro.
- Flumonteiro