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BERU

Ao longo dos quatro episódios em que Beru cruzou meu caminho, percebi que sua presença nunca chegava sozinha — ela sempre arrastava junto um pedaço da minha sanidade. Na primeira aparição, ele apenas observou, como se medisse meu valor. Na segunda, atacou minha mente com visões antigas e dores que eu tentava esquecer. No terceiro episódio, sua influência se intensificou, distorcendo a masmorra ao meu redor e confundindo meus sentidos. Já no quarto encontro, quando suas asas cobriram todo o corredor, compreendi que ele não queria meu corpo: queria quebrar minha identidade.

Depois desse último confronto, perdi a noção de quanto tempo vaguei antes de conseguir escapar. A sensação de estar sendo observado permaneceu mesmo fora da masmorra, como se Beru tivesse deixado uma marca invisível em mim. Esses quatro episódios não foram batalhas — foram fragmentos de um processo de destruição gradual, em que cada visão e cada sussurro corroíam minha coragem. Saí vivo, mas não inteiro. E sei que, a qualquer instante, Beru pode voltar a invadir meus pensamentos, como se nunca tivesse realmente partido.