Era uma vez uma aranha que habitava uma caverna escura e aquecida, onde poucas criaturas ousavam entrar pelo pavor e escuridão. Em suas teias, ela capturava mais do que presas, eram almas, historias e fragmentos de sonhos daqueles que tinham coragem de entrar ali. Cada fio de teia, cada ser devorado trazia uma nova memória para ela, sempre uma nova historia para o silencio e solidão que havia na caverna.
Conforme passavam os anos, a aranha começou a sentir o peso das vidas que havia consumido. Não eram apenas sabores, eram sentimentos e desejos que, em seus fios, vibravam como almas perdidas ali.
F.