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    Entre as brisas de uma tarde dourada, um descanso do sol sobre o horizonte, dois olhares se cruzam como se o tempo estivesse esperando séculos. Há um silêncio em peso, e não é verdade! Isso toca suavemente, embranquece, sussurra segredos que palavras nunca ousariam revelar:  
    O amor não é andar de mão dadas com juras nas tinas ou juras murmuradas ao ouvido. Ele é construído nos pequenos detalhes: na ação dos dedos quando procuram sem pressa, no arrepio involuntário ao tocar o outro próximo, no sorriso ressentido sem justificativa de fato, embora parecido carregue universos inteiros de amor.  
    Há uma ternura intransponível em amar alguém, não por quem ele é, mas pela forma em que se torna quando a felicidade dele se torna reflexo a do outros. Os corações apaixonados, como estrelas que crecem mais brilhante compartilhando o firmamento, projetam-se entre si, traçando constelações no indomável cosmos do sentimento.  
Assim, por gestos, palavras e silêncio a canção segue, feita como trilha sonora que nunca se cansa de ouvir.