Numa vila antiga morava uma aranha deveras assustadora, os habitantes da cudade viviam aterrorizados e todos tentavam não cruzar com ele já que uma vez que seus olhos se cruzam com a aranha, o ser fica hipnotizado por elas e ela acaba por devorar os seus olhos.
Diziam que a aranha era uma criatura voraz, atraindo suas vítimas para a teia apenas para se alimentar de suas essências. Mas o que poucos sabiam era que, para ela, a teia não era só um instrumento de captura. Ao devorar as criaturas, ela adquiria visões fragmentadas de suas vidas, sonhos e anseios. Até então, esses vislumbres eram esquecidos, perdidos nos recantos de sua mente.
A aranha, ao consumir o último par de olhos, percebeu que, em vez de meras histórias, havia coletado fragmentos de vidas, sonhos e anseios. Com isso, decidiu que, ao invés de apenas devorar, começaria a contar essas histórias em sua teia, transformando dor em beleza. E assim, na escuridão, tornou-se uma guardiã das memórias, tecendo não apenas fios de captura, mas também de esperança, prometendo nunca esquecer aqueles que alimentaram sua arte.
kaylline