Há séculos, os prantos de Elyn ressoam como sinos quebrados sob a névoa que nunca se dissipa. Sua voz é o lamento daquilo que foi promessa, mas que o tempo transformou em punição. As lágrimas que escorrem de seus olhos pálidos não buscam consolo elas alimentam o solo estéril da cidade morta, onde nenhuma primavera ousa nascer. Cada noite, ela ergue o rosto vazio ao céu que já esqueceu seu nome, esperando ouvir passos que nunca virão. Em seu silêncio, há algo mais terrível do que a solidão: a consciência de que o amor que a sustenta é o mesmo que a aprisiona. E assim, Elyn permanece não viva, não morta apenas condenada a sentir eternamente aquilo que os deuses já deixaram de lembrar.