O medo que Nosferatu transcende nasce antes mesmo que ele se mostre. É o frio súbito que rasteja pela espinha, o ar que se torna espesso demais para respirar, o instante em que a alma entende acabou pra ela. E então, das trevas, vêm as mãos. São dedos que não pertencem ao mundo dos vivos: longos, rígidos, deformados pelo tempo e pela fome. Movem-se com a lentidão de algo que jamais precisou de pressa, pois tudo o que toca já está morto. Há quem diga que olhar para aquelas mãos é ouvir a própria morte chamando pelo nome. Pois nelas reside o poder de matar, não apenas a vida, mas o que nela é humano. E o que resta é o eco de um medo tão puro que se confunde com o silêncio.
Nick: SailorMoon
Habblive 2025