Nas sombras eternas da Cidade das Almas, os prantos de Elyn não são apenas lágrimas, são fragmentos de um tempo que se recusou a morrer. Seu choro atravessa os escombros como um eco sufocado, um murmúrio que o vento carrega entre ossos e ruínas. Cada sussurro seu é um pedido silencioso para um amor que o tempo devorou, e que a morte, cruelmente, não soube calar. A espera transformou-se em penitência: o som do próprio coração inexistente batendo contra o vazio. Elyn já não distingue o que é amor, o que é castigo, ou o que é lembrança. Apenas permanece uma sombra que chora não por quem partiu, mas por tudo o que jamais voltará. Pois na eternidade, até o amor apodrece, e é no apodrecimento que Elyn encontra o seu consolo.