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Promo - Flumonteiro

O ar gela, pesado com o cheiro de poeira e tumba. A sombra se arrasta primeiro, uma mancha errada na parede, seus dedos longos como galhos mortos.

Então, a mão surge.

Sua palidez não é humana, é a cera fria de um cadáver, a cor da própria ausência de vida.

O medo que ela causa não é o de um ataque rápido. É o horror lento da contaminação. É um pânico que vem de dentro, a sensação de que, se aqueles dedos ossudos o tocarem, você não vai sangrar: você vai apodrecer.

É o medo de ver a vida murchar ao seu redor, sugada por aquela garra pálida que comanda o fim de todas as coisas quentes. A voz falha, pois como nomear o apêndice da própria decadência?