JustPaste.it

Floresta das Maldições (!Liv)

De todas as florestas do mundo, das mais paradisíacas às mais solitárias, contarei brevemente um relato da que mais provoca tensões pelo corpo e medo que estremesse os ossos: a Floresta Amaldiçoada. Tudo começou a uns quarenta anos atrás, no Halloween de 1982. Nesta floresta ocorreu uma expedição dos membros da OTS (Organização dos Tripulantes Secretos) para coletar amostras de folhas e conhecer a fauna do local, pois pouco se conhecia do lugar: não tinha muitas fotos, nem relatórios de lá (há suspeitas de que essas informações eram de caráter confidencial).    Esta expedição foi composta por 20 homens, com idades entre 24 e 50 anos e todos eram falantes de finlandês. Entre os membros, havia o meu tio, Dante, que na época estava no auge dos 27 anos. Era biólogo e apaixonado pelo estudo da botânica.    Chegando lá, Dante ficou fascinado pela escuridão que domina a paisagem. Ele me contou que o ar sombrio que ali reinava estremeceu desde o dedinho do pé até o último fio de cabelo. Mesmo assim, não se deixou abalar com o escuro. À medida que ele e os demais andavam pela floresta, percebiam pisarem em algo viscoso e de odor agudo: era sangue derramado de animais que viviam naquele habitat, como lobos da neve, esquilos (sangue que escorria das árvores) e, até mesmo, restos de cadáveres de pessoas que já estiveram ali antes (criaturas irreconhecíveis e desconhecidas).

   Já tremendo de medo e alucinado com a situação, Dante se perdeu do grupo. Ficou perdido por, segundo ele, “uma infinita quantidade de horas”. Mas, apesar disso, ele não se sentiu sozinho. Esteve em transe, êxtase, viveu “outra dimensão”: ouvia vozes de mulheres que sussurravam ao seu ouvido, implorando para que ele ficasse com elas e não saísse dali. Havia cipós o amarrando nos braços, pernas, de modo que ele não conseguísse desamarrá-las e fugir. Até que, após longas horas de tortura e sofrimento, Dante ouve vozes de pessoas desconhecidas, umas gritando por socorro, outras orientando-o a como escapar.

  Devido o caos formado, meu tio fez o melhor que pôde, conseguiu fugir e reencontrar o grupo fora da floresta. O que conseguiram coletar das amostras está disponível em museus e documentado em papéis. Esse depoimento foi um desespero enorme.