Uma aranha havia descoberto um lugar novo onde poderia montar suas teias, se camuflar pelas paredes e portas sem que ninguém a visse, e logo uma família sem mudou para aquela casa, cheia de mistérios e novidades. Uma das crianças era curiosa e vasculhava cada canto daquela casa, e por fim encontrou a aranha, que estava pronta em sua teia, pensando em como atacar e consumir a alma daquele garotinho curioso.
Então ela começou a criar armadilhas pela casa, armadilhas invisíveis, e quando conseguisse capturar aquele menino iria coletar seus sonhos, sua alma. Por fim o garoto caiu em uma de suas armadilhas, e aranha começou a coletar sua alma, sua cor, a vibração, a dor, a paz!
A aranha, ao consumir o último par de olhos, percebeu que, em vez de meras histórias, havia coletado fragmentos de vidas, sonhos e anseios. Com isso, decidiu que, ao invés de apenas devorar, começaria a contar essas histórias em sua teia, transformando dor em beleza. E assim, na escuridão, tornou-se uma guardiã das memórias, tecendo não apenas fios de captura, mas também de esperança, prometendo nunca esquecer aqueles que alimentaram sua arte.
-AmberRose
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