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Saphira

         Thalita olhou nos olhos da sua namorada, sentindo o peso da incerteza no ar. Ela sabia que não podia continuar fingindo que estava tudo bem, que as coisas poderiam se encaixar perfeitamente. A verdade era que elas estavam em caminhos diferentes e, por mais que doesse admitir, o fim da linha era inevitável.

Com o coração partido, Thalita respirou fundo e segurou as mãos trêmulas de sua amada. As lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto, enquanto ela sussurrava com voz embargada: "Acho que precisamos seguir caminhos separados."

         O olhar de sua namorada encheu-se de tristeza e desespero, como se o chão tivesse sido arrancado sob seus pés. Elas sabiam que aquele momento marcaria o fim de uma história de amor que parecia tão promissora. A dor era palpável no ar, enquanto elas se abraçavam, lutando para segurar as emoções que ameaçavam consumi-las.

         A brisa da noite agora parecia mais fria, intensificando a sensação de vazio que enchia o coração de Thalita. Os sons da cidade ecoavam ao seu redor, mas ela se sentia isolada em sua própria tristeza. Era como se o mundo continuasse a girar, mas o seu mundo tivesse parado naquele momento.

Com lágrimas nos olhos, Thalita se afastou lentamente, deixando para trás uma história de amor interrompida. Ela sabia que a vida seguiria em frente, mas a falta de sua amada estaria sempre presente, como uma ferida aberta.

          Dias se transformaram em semanas, e semanas se transformaram em meses, mas o vazio persistia. Thalita tentou seguir em frente, mas o fantasma do amor perdido assombrava seus pensamentos e seus sonhos. Ela nunca esqueceria o que teve, e o que poderia ter sido, se as coisas tivessem sido diferentes.

          No fim, Thalita aprendeu a conviver com a dolorosa incerteza que permeava sua vida. Ela guardou as lembranças preciosas de seu amor, mesmo que agora fossem acompanhadas de tristeza. E, em algum lugar dentro dela, Thalita ainda mantinha uma pequena esperança de que, talvez, um dia elas encontrassem um recomeço harmonioso, mesmo que apenas em suas memórias.

          A brisa da noite continuou a acariciar seu rosto solitário, mas não havia mais lágrimas para varrer. Apenas restava o eco daquela história de amor, uma lembrança amarga de um amor que não pôde resistir à dolorosa incerteza do destino.