O pranto de Elyn não era de lágrimas salgadas que escorriam pelo rosto, pois sua forma esquelética já não comportava fluidos mundanos. Era uma dor silenciosa e etérea, tecida nos séculos que se arrastavam sobre a Cidade das Almas. Cada sussurro do nome do amado, ecoando entre as ruínas que teimavam em não desmoronar, era um soluço sem som, uma queixa que se prendia à eternidade do lugar. A espera transformou-se em uma melancolia crônica; seus olhos de luz pálida, que deveriam guiar, eram na verdade faróis de agonia que contemplavam a indiferença do tempo, sabendo que a promessa feita no limite frágil da vida jamais se cumpriria para ele, mas era o único propósito restante para ela.