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A Saudade de Elyn

Havia dias em que Elyn acreditava que o tempo a enganava de propósito. Ela se sentava entre as pedras frias das ruínas, sentindo a névoa pousar sobre seus ombros como um manto úmido, e deixava que a saudade falasse por ela. Chorava sem som, porque já não lembrava o timbre da própria voz, mas ainda reconhecia o peso da falta, esse nunca desapareceu. Às vezes, jurava sentir o toque quente de uma mão entrelaçando a sua, e por um breve instante o mundo parecia voltar a ter cor, até que a névoa levava a ilusão embora. Mesmo com o coração cansado, Elyn continuava a esperar, não por teimosia, mas porque aquele amor era a única parte dela que ainda sabia viver.