Na chegada do viajante às minas, notava-se o vazio no ar, como se ali já não pertencesse ao mundo — um lugar tomado por chamas que ardiam além deste plano mundano. Lá, no meio de todo o nada, via-se Diablo, firme como uma pedra , sem qualquer traço de humanidade, diante de um tempo que parecia não ter avançado, preso na contemplação do fim. Todavia, mesmo entre o medo e a coragem, o viajante suspirou e cravou sua espada, ato que foi seguido por um sussurro de Diablo — “Livre”. Logo, ambos se tornaram cinzas, deixando para trás uma breve calmaria e a esperança de que a maldição tivesse chegado ao fim. Mal sabiam eles que, sob os restos do viajante, ainda ardia uma pequena brasa, insinuando que o ciclo poderia se reiniciar em um novo corpo. Afinal, há maldições que não são quebradas, apenas esperam encima da ilusão do seu fim.