O mundo mudou quando os comprimidos rosados começaram a ser usados por todos. Era uma promessa de alívio rápido: tomar a pílula e fazer desaparecer o desconforto de sentir demais. Em pouco tempo, sentimentos como tristeza, medo e até alegria foram ficando cada vez mais raros. As pessoas passaram a viver uma vida leve demais — tão leve que parecia vazia.
No meio desse silêncio, Moon percebeu o que estava acontecendo: a “cura” que todos buscavam, na verdade, estava acabando com a vida. O mundo havia trocado a intensidade de viver pela monotonia da indiferença. Foi aí que ela decidiu que era hora de inventar uma cura diferente — não com remédios, mas com algo que ninguém mais parecia lembrar: deixar o coração sentir de verdade.
Moon começou a fazer algo simples, mas poderoso: permitiu-se sentir tudo, sem esconder ou controlar. Riu alto, chorou, sentiu medo e alegria com a mesma intensidade. Mais do que isso, ela fez questão de mostrar que sentir não é fraqueza, mas coragem.
Sua atitude foi uma semente que começou a germinar. Aos poucos, quem estava ao redor dela também começou a questionar o silêncio e a deixar o coração pulsar de novo. Sem comprimidos, sem fórmulas — só com a decisão de viver verdadeiramente.
Foi assim que Moon devolveu ao mundo anestesiado a intensidade dos sentimentos, mostrando que a verdadeira cura está em se abrir para sentir, mesmo que isso bagunce tudo por dentro.
Moonberry!