Em noites silenciosas, quando a lua se escondia tímida no céu, o ursinho de asas remendadas deslizava pelo vento como uma saudade leve, entrava em quartos esquecidos pelo tempo, sussurrava lembranças a crianças que já não acreditavam em magia, reconfortava adultos afogados em rotinas e despertava, nos idosos, um brilho antigo no olhar e foi assim que, ao visitar Elisa, uma menina de olhos tristes e coração apertado, deixou ao lado de seu travesseiro uma pena dourada e um sonho vívido, onde corria entre margaridas ao lado do pai que partira cedo demais, provando que mesmo o que parece perdido pode ser tocado de novo, ainda que apenas por um instante.