Num ponto remoto do universo, onde os mapas são apenas suposições e o silêncio é quase absoluto, existe um planeta enorme, esquecido por muitos. Suas condições são tão extremas que poucos tem a coragem de chegar ali. O ar muda de forma radical de um lado para o outro, como se duas realidades opostas dividissem o mesmo ambiente.
É nesse cenário que Bellona, um homem solitário, caminha. Seu nome é o mesmo do planeta, coincidência ou não, ele nunca teve certeza.
Bellona não busca fama nem aplausos, ele quer descobrir o por que que esse planeta rejeita a vida e o que existe por trás da sua atmosféra, que parte o mundo ao meio, qual é o mistério que esse planeta carrega.
Com seus trajes, coragem e cadernos cheios de anotações, Bellona caminha aos poucos, adquirindo conhecimento cada vez mais. O lado leste é seco e cruel, o oeste sufoca com umidade e calor. Nada parece viver ali, mas ele sente algo, talvez um chamado... Às vezes, quando tudo se cala, há um ruído bem longe, quase um sussurro vindo do próprio solo. Seria o planeta tentando se comunicar? As noites são perigosas, os ventos imprevisíveis. Mas ele continua. Cada passo é uma novidade, cada dia é um risco e uma surpresa diferente.
Mesmo cansado, mesmo sozinho, Bellona não pensa em voltar.
Pois para ele, há algo ali esperando ser descoberto, algo que não se revela a máquinas, apenas a quem tem paciência para escutar e sente que algo ali está esperando por ele.