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Contos de Terror #2

     Localizada numa cidade do interior, a Igreja Cristã Ecumênica Habbinc abriga um série de padres, estudantes, feiras e afins. A região, que fica no vilarejo Godsville, possui pouco menos de dez mil habitantes e é composta majoritariamente por fiéis cristãos praticantes; se reúnem todos os domingos, se recolhem em época de Quaresma, comemoram os feriados e tudo mais que você possa imaginar ligado aos cultos da religião. Contudo, o ponto forte daquele local é a escola de padres, esta que conta com ensino integral, de segunda a sábado, sendo liberados para verem seus familiares apenas aos domingos, na igreja.

     O ensino rígido garante um bom desenvolvimento na educação dos alunos. Para além das matérias comuns do ensino médio, os estudantes ainda têm aulas de diferentes áreas de teologia. Um jovem e promissor rapaz dali, de 16 anos, é um grande aspirante ao título de padre. Além de suas excelentes notas, o jovem também é um exemplo quanto ao seu comportamento e conduta. Não dá trabalho, é obediente e fiel. Sem dúvidas um dos maiores orgulhos daquela instituição. Tudo o que ele faz é para orgulhar sua família, em especial ao seu pai e a um de seus tutores, de 25 anos, que passa várias horas do dia com ele.

     Em uma reunião entre os altos membros do colégio, eles decidiram que aquele rapaz estava em um nível mais avançado que os outros estudantes, haja vista seu talento nato, e poderia prosseguir adiante com seus estudos. O tutor do garoto, que também é um padre, ficaria, então, responsável por algumas aulas particulares com ele para ensinar matérias mais avançadas. Daquele momento em diante, os dois começaram a passar horas e mais horas juntos. O que ninguém esperava é que daquele momento em diante os dois começariam a desenvolver um tipo de relacionamento, totalmente errado pela enorme diferença de idade entre eles. Todavia, o padre se aproveitava da inocência do jovem rapaz para lhe persuadir com falsas palavras pregatórias e o convencia de que estava tudo bem o que acontecia entre eles.

     Essa narrativa não durou muito, pois em um dia em que supostamente eles estariam sozinhos numa sala de aula, o rapaz estaria prestes a começar a fazer sexo oral no padre quando foi interrompido pela presença de outro estudante, que voltara à sala para buscar alguns livros que havia esquecido da aula anterior. O padre, como uma forma de tentar controlar a situação sem se prejudicar, acusou o jovem de estar possuído pelo "demônio do homossexualismo", usando até mesmo termo errado. Naquele momento, ele começou a inventar mentiras e contar fatos deturpados para colocar toda a culpa apenas no rapaz. Como forma de solucionar o problema que havia criado, o pastor decide, então, marcar uma reunião de extrema urgência com outros líderes religiosos para convocar um ritual de exorcismo no jovem inocente. No próximo domingo, não haveria culto familiar na igreja, mas sim um exorcismo de alguém que estava perfeitamente normal. O medo e a humilhação do jovem foi tão grande que, antes mesmo de começar o ato, ele decidiu se suicidar, na frente de tudo e de todos.