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"Meu nome é João. No colégio, me chamam de 'Abacate', estou no 2° ano do Ensino Médio e não aguento mais este lugar! O motivo desse apelido? Não tenho a mínima ideia. No começo do ano, chegou uma menina novata em meu colégio, linda, olhos azuis, uma perfeição em carne e osso. Na hora do intervalo, como não possuo muitos amigos e fico sem ninguém, ela veio falar comigo. Na hora, coração acelerou, boca ficou seca, mas, tudo ocorreu bem! Bom, espero. O intervalo acabou e todos voltaram as devidas salas. Na hora da saída, olhei para trás e ela estava correndo e gritando: 'me espera, por favor', e claro, esperei ela. Ela foi chegando perto e perguntei: 'o que aconteceu?', ela disse..."

-Você sabia que todos na escola te chamam de abacate?''

e deu uma risada meio constrangida por causa da pergunta, eu respondi...

''- Bom nunca me disseram o real motivo, más já ouvi murmurinhos dizendo que eram por causa de minhas roupas um pouco verdes, ou a respeito de uma vez que sai correndo pro banheiro depois que deram na merenda uma vitamina de abacate, más eu creio que deve ser por causa da minha maturidade rsrs sou bem maduro as vezes''.

Dei uma risada descontraída também para ela se sentir a vontade, más por dentro eu não estava sorrindo nem um pouco, aquele apelido sempre me atormentou e eu nunca, soube o real motivo pelo qual me chamavam de abacate, logo perguntei..

- Eles te disseram o motivo de me chamarem de abacate ?

ela ainda um pouco constrangida disse..

- Não na verdade, apenas disseram, se eu fosse você não ficava por ai andando com o abacate, más eu disse a eles, '' Vocês escolhem com eu ando ou deixo de andar '', gostei muito de você João, é um garoto simpático e carismático, essas pessoas do colégio acreditam que quem é diferente deve ser isolado por ser diferente, más para mim é um qualidade enorme conseguir ser diferente diante tanta monotonia no mundo.

Suas palavras confortaram meu coração que se mostrava feliz más que por dentro estava cada vez mais desmoronando em uma angustia profunda por não ser aceito pelas pessoas, nem meus pais me entendiam, e ficavam me dizendo o quão eu era estranho, por não fazer as mesmas coisas que os garotos da minha idade costumavam fazer, como jogar bola, ou apresentar a eles uma namorada nova.

A nossa amizade se prolongou por bastante tempo, conseguir enxergar na novata algo além do entendimento das pessoas que achavam que a única coisa que ela tinha era beleza por estar dentro dos padrões estabelecido pela sociedade, branca como neve, e seus olhos azuis como o céu, eu fiquei muito entusiasmado pois ela tinha uma cérebro incrível com idéias incríveis, e depois de meses de amizade, eu pude me abrir para ela e dizer o quão eu era agradecido por ela ter dito aquelas palavras eu também criei forças graças a ela para me assumir como gay, tanto para minha família quanto para alguns amigos, eu consegui finalmente me libertar de toda opressão da sociedade pois eu tive a mão da novata para me acompanhar nessa difícil jornada, abacate ou não feliz eu estava.

Obrigado..       Ass João.                                                                                                  Habbroi JORDY.