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Boas a toda gente! Queria compartir esta história horrível com o maior número de pessoas. Se quiseres ajudar por favor partilhar. Também quero pedir desculpas pelo meu deplorável nível de português, emigrei de pequenina e só estudei um ano em Portugal. Espero que este texto seja compreensível.
O que eu quero compartir é o caso de uma mulher coreana, Lee Jung Hee, que, juntamente com os seus filhos, foi obrigada a prostituir-se pelo marido e a sua própia família. Ela já foi à televisão várias vezes mas o seu marido tem uma grande influência, pelo qual os programas nos que ela saíu nunca foram ao ar. Mesmo assim, o seu caso saíu na televisão sul-coreana e ela fez uma conferência de imprensa há uns anos. O hashtag é #HelpLeeJungHee.

 

O marido dela é um padre.
Os filhos nasceram na Califórnia.
O pai (marido dela) roubou-lhes os passaportes.
Os crimes teram ocurrido na sua maioria em Busan, segunda maior cidade no país depois da capital Seúl.

 

 

 

 

 

 

Olá a todos.
Quero falar sobre a história da minha vida, cheia de horror e frustração.

Eu sou uma mulher suja.


Agora mesmo tenho uns 40 anos e sou mãe de dois rapazes adolescentes. Eu e os meus filhos fomos obrigados a nos prostituir depois de que os meus filhos fizeram 5-6 anos.

Pode parecer inacreditável mas eu estou a falar a sério e também fiz parte dessa organização. A minha própia família (mãe, pai e irmã) e o meu marido têm sido parceiros sexuais há bastante tempo.

O que eu quero dizer com 'parceiros' é que eles tomam drogas e têm relações sexuais em grupos. Também atraem outras pessoas com estimulantes e pastilhas para dormir, e os usam como uma fonte de dinheiro, e obrigam as suas mulheres e crianças a ter relações sexuais.

Para eles, 'violação ou 'prostituição' não são actos que lhes façam sentir culpáveis ou disgustados, simplesmente é uma forma de ganhar dinheiro.

O meu marido levou-nos a mim e aos meus filhos a vários lugares e forçou-nos na prostituição por uns 10 anos. Ele sempre foi o responsável pelo dinheiro mas quando ele me dizia, eu pegava nele.

O meu marido fez tudo isto usando o meu nome e a minha identidade. Ele disse que tinha que evitar qualquer circunstância que pudesse fazê-lo culpado pelo que ele fez todas as nossas contas bancárias e cartões de crédito usando o meu nome.

Ele obrigou-me a fazer tudo o que parecia perigoso e ele estava sempre preparado para me pôr as culpas de tudo que fosse descoberto.

He never let us keep any money nor let us get away from him in any time or circumstances- he always kept us close, watched us and kept us in control.
Ele nunca nos deixou guardar nenhum dinheiro nem afastar-nos dele en nenhum momento ou cirscuntância- ele sempre mantinha-nos perto, vigiava-nos e mantinha-nos baixo o seu controle.


Ele sempre levou os meus filhos para deixá-los lá e para recolhê-los e nunca os deixava participar em nenhuma actividade extra-curricular ou em nenhuma academia. Também não podiam brincar num parque infantil.
Ele só os leva para fora quando é para convencê-los. Eles ficam tão contentes só por sair, pois estiveram fechados dentro durante toda a vida. É aí que ele lhes tira fotografias deles felizes lá fora para fingir às outras pessoas de que a nossa família é verdadeiramente "feliz".

 

O meu marido violou-me quando eu tinha 22 anos e eu casei-me com ele. Depois, ele deu-me pastilhas para dormir e obrigou-me a prostituir-me.

Pouco depois eu descobri que ele já tinha uma mulher e um filho mas já era demasiado tarde.


A única razão pela que ele casou-se comigo foi para USAR-ME e isto foi fácil porque a minha própia família e o meu marido já estavam a trabalhar na mesma indústria há um bom tempo. Eles concluíram que um casamento os ligaria juntos e eles estavam felizes de que se tivesse tornado num "negócio familiar".

O meu marido e a minha própia família estavam práticamente no mesmo lado com o mesmo coração pelo que nunca fui capaz de denunciar nada mesmo quando passei 20 anos da minha vida sendo agredida. No dia que eu renunciei que os meus filhos entrassem na prostituição, fomos espancados quase até a morte.

A minha própia famíli diz-lhe para abusar-me para fazer-me voltar aos sentidos.


A minha irmã e minha mãe favorecem-no até tal ponto que o vêem como o seu marido e por isso frequentemente lutam entre elas por pura inveja. O meu irmão e a minha cunhada também se uniram, pelo que a casa da minha mãe convertiu-se num lugar para prostituição em grupo.
O meu marido trouxe centenas de pessoas cada dia de lugares diferentes mesmo conhecendo-os ou não e essas pessoas traziam mais e mais pessoas. Eles drogavam-se e tinham sexo, como na pornografia.


Eu nem consigo lembrar-me das caras das pessoas que vieram uma vez ou duas.

Nos dias que não tínhamos clientes, o meu marido pessoalmente ensinava os meus filhos, enquanto eles tinham sexo, em como dar prazer e satisfazer os clientes.

Ele dava-nos estimulantes para que tivéssemos sexo entre nós e filmava isso e o usava para nos ameaçar em caso de que quiséssemos fugir ou denunciar.

Ver os meus filhos sofrerem daquele maneira. fez-me querer morrer.

A minha vida era miserável, e não tinha nenhuma razão para viver pelo que desisti da minha vida.


Eu nem sequer fui capaz de proteger os meus filhos e não tinha uma casa em que confiar. E o meu marido ameaçava matar-nos se alguma vez fugíssemos enquanto abusava de mim à frente dos meus filhos e os assustava.

Como já disse, o meu marido nunca nos deu dinheiro nem nos deixou afastar-nos dele en nenhuma ocasião, preocupado com que eu fugisse.


Eu não tinha medo de morrer mas tinha que manter os filhos vivos pelo que sempre procurei por uma oportunidade para fugir deste inferno com os meus filhos.


Eu fiz tudo o que o meu marido me pediu.


Eu fui onde ele mandou-me it, droguei pessoas, violei pessoas, prostituí-me, vendi os meus própios filhos, fiz qualquer coisa para obedecer-lhe.

Fiz tudo como um robô.


Admito que fui uma deles.


Ele disse-me que o dia que ele publique o vídeo de eu mantendo relações sexuais com os meus filhos, as nossas vidas terão acabado.


Mas eu casei-me com ele porque fiquei grâvida quando ele violou-me quando eu era jovem pelo que eu nunca realmente soube nada sobre o mundo. Tudo o que eu fiz foi ficar com ele, sendo espancada, sendo chamada de estúpida e prostituindo-me.


A minha própia família disse-lhe para estar preparado para qualquer momento que os traia e dão-lhe conselhos. A minha irmã era a que mandava nisso.
A minha irmã e o meu marido ficaram como um casal casado e separou-me dele humilhando-me, pelo que eu ocasionalmente era espancada por isso.

Eu estava aterrorizada com o meu marido pelo que fiquei calada.


A minha irmã uma vez disse-me que se este negócio alguma vez é descoberto, ela criará os meus filhos pelo que eu irei para a cadeia em vez dela mas o fui o suficientemente estúpida e nunca disse não.


Os meus filhos foram violados por cerca de 300 pessoas e eu por umas 1000 pessoas em vinte anos de casamento.

O meu marido disse, "São os meus filhos, os quais criei, pelo que ninguém pode dizer nada sobre o que eu faço!" "Temos que usá-los o mais o que pudermos enquanto são jovens para ganhar dinheiro!"


Eu não podia deixar os meus filhos viver ao lado deste monstro horrível.


Um dia foi-me dada uma oportunidade.


Ele disse-me para fingirmos o nosso divórcio.


Ele disse-me para levar os meus filhos comigo e processar umas 10 pessoas que nos violaram com tal de lhes tirar dinheiro. Uma vez tenhamos processado 10 pessoas, ele disse para processá-lo a ele para que as pessoas acreditassem no que eu dizia. Depois ele lhes pagava para provar a sua inocência.


Ele sempre tinha usado dinheiro para livrar-se de qualquer suspeita ou culpa.


Ele disse que um divórcio falso fácilmente iria convencer as pessoas e que por isso devíamos fingir que estou a fugir no meio de um processo de divórcio.


Esta era uma oportunidade de Deus.


Então abandonámos a casa como tínhamos prometido e pedimos um processo de divórcio.


Não quiz processar ninguém mais porque tudo o que queríamos era esconder-nos dessa gente e viver numa pequena cidade.

No entanto nada correu da maneira que eu queria.


Ele deu-se conta de que eu andava a evitá-lo pelo que ele legalmente pediu a custódia dos meus filhos num processo de divórcio.

Quando os meus filhos descobriram isso, eles ficaram aterrorizadas e disseram que nunca mais queriam voltar para aquele lugar e que eles antes morreriam que serem violados outra vez.
Então eu estava determinada em não ser convencida pelas suas decisões e processei-o. 


Finalmente em 2014 denunciei o meu marido.
Eu denunciei-o à polícia mas os meus filhos e eu nunca fomos investigados, e fomos tratados como pecadores e loucos enquanto o meu marido era protegido pela justiça.

Os meus filhos, menores, foram deixados num quarto escuro e não me deixaram vê-los. Só lhes disseram para responder perguntas que lhes perguntavam sem piedade.
Os meus filhos sofriam com repulsão e medo de homens pelas múltiples violações, mas eles foram investigados sobe pressão. Eu fui tratada como uma maluca e a investigação foi fechada.

Eu confiava na polícia e estava determinada.


Nós fizemos uma conferência de imprensa com os meus filhos para acelarar a investigação contra o meu marido.


Até aparecemos num programa e num programa de notícias que as pessoas conhecem.


Fomos intrevistados por vários programas mas nos disseram para esperar e tivemos a notícia de que o meu marido estava a impedir o programa de ir ao ar.

Posteriormente, a minha própia família agiu como testemunho do meu marido dizendo que o cunhado e noro era inocente e que eu estava louca.


A polícia fechou o caso.


Como pôde isto acontecer?

Eu queria pendurar-me pelo pescoço à frente da polícia e revelar a verdade. Mas NINGUÉM nos ouviu. Nem sequer agora.


Depois, eu e os meus filhos decidimos denunciar os que constantemente visitavam-nos e violavam-nos. Já denunciámos umas trinta pessoas de todo o país. Não nos conseguimos lembrar daqueles que só vinham uma vez ou duas pelo que planeamos denunciar aquelas 50-100 pessoas que vinham constantemente.


Mesmo agora que estamos a ser investigados, somos tratados como lixo.


Para eles somos pecadores e vêem-nos como bichos.


Eles não querem saber do que eu ou os meus filhos dizemos, como se estivéssemos a mentir e ignoram-me quando digo qualquer coisa. Recusam-se a continuar a investigação.


Quando pedimos por uma investigação com confrontação, eles dizem-nos que não e nem nos deixam vê-lo (o marido). E eles dizem que todos os que denunciámos até agora deram 'verdade' no detetor de mentiras.


Como é possível que essas 30 pessoas que denunciámos deram 'verdade'?

Estão a dizer que NÓS estamos a mentir?


A polícia não quer acreditar em nada do que dizemos pelo que põem essas pessoas como inocentes.


Se são mesmo inocentes, quem foi o meu filho, hospitalizado desde 2014 até Junho deste ano, violado e abusado por eles?

O meu filho mais velho sofre de síndrome de stress pós-traumático e foi vítima de abuso sexual e é difícil para ele recuperar disto.

Eu assumo os meus erros e pecados.


Eu fiz parte da organização e sou responsável por não ter tirado os meus filhos daquele grupo e por denunciar isto tão tarde. Eu me someto a qualquer castigo.


Mas eu quero revelar a verdade sobre os meus filhos, oprimidos e violados desde pequenos.


Não tenho nem poder, dinheiro ou abilidade ou alguém a quem pedir ajuda.


Tudo o que eu sei fazer é vender o meu corpo ou morrer.


Se não pudermos revelar a verdade... os meus filhos irão viver traumatizados e desconfiados e poderão fazer um erro ainda maior que o do seu pai no futuro.

O grupo no que eu estive e fiquei é como uma organização e um grande negócio, com vários sítios para prostituição em todo o país.


Ainda agora estão a prostituir e a extorquir dinheiro de miúdos e adultos.

As pessoas involvidas têm diversos empregos pelo que são capazes de proteger o segredo dos média e da justiça.


Há lá pessoas inocentes que foram ameaçadas para ficarem no grupo depois de terem sido dadas estimulantes e pastilhas para dormir em café, mas também há lá pessoas que são adictas a este negócio a gostam disto. É assim que se mantém o segredo.


É por isso que cada vez que ele foi apanhado, ele consegue ajuda da polícia e cargos importantes para pôr as culpas em outras pessoas e fugirem das acusações.


Apesar de só termos denunciado umas 30 pessoas até agora, continuaremos a lutar contra a polícia para revelar a verdade.


É tudo o que eu posso fazer pelos meus filhos como mãe e seria feliz de morrer nos braços dos meus filhos quando cresçam e sejam independentes.

Por favor ajudem-me a revelar a verdade...